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Estrela, tarot


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kiema

XVII. A Estrela O Arcano da Esperança, do Crescimento e da Mãe do futuro

Uma mulher com um joelho apoiado no chão tem uma jarra em cada mão; derrama conteúdo de uma delas numa superfície de água (rio ou lago) e, da outra, na terra. No céu há oito estrelas.

A mulher é jovem e está completamente nua; seus cabelos caem livremente sobre as suas costas e ombros. O joelho que está apoiado no chão é o esquerdo; a ponta do pé direito está em contato com a água. Representada ligeiramente de três quartos, seu olhar parece ignorar o trabalho que realiza. Do chão brotam uma planta com três folhas e, um pouco mais atrás, dois arbustos diferentes se destacam contra um céu incolor; sobre o da esquerda um pássaro negro de asas abertas parece estar pousado ou a ponto de levantar vôo.

No céu podem ser vistas duas estrelas de sete pontas e cinco estrelas de oito pontas. Estão dispostas simetricamente em volta de uma estrela muito maior, que tem dezesseis pontas, oito amarelas e oito vermelhas.

Significados simbólicos

Esperança, confiança. Idealismo. Imortalidade.

Plenitude. Beleza. Natureza.

O céu da alma. Influência moral da idéia sobre as formas.

Interpretações usuais na cartomancia

Pureza, entrega às influências naturais, sadias. Confiança no destino. Plenitude e sensibilidade poética, intuição. Bondade, espírito compassivo.

Energia, convalescença.

Mental : Alguém traz uma força para ser utilizada, mas não diretamente. É a inspiração do que deve ser feito.

Emocional : Uma corrente de equilíbrio e de esplendor.

Físico : A satisfação, o amor humano em toda a sua beleza; o destino dos sentimentos que animam o ser. Realização das coisas através da ordem e da harmonia.

Em questões referentes à arte, esta carta fala do dom de encantamento, ou seja, o resplendor que atrai o próximo.

Sentido negativo : Harmonia desviada do seu destino; harmonia física pouco duradoura.

Falta de vergonha, despudor, leviandade. Falta de espontaneidade. Coações, moléstias.

Natureza artificial e anti-higiênica.

Tendência para a evasão e para o romantismo exagerado. Temperamento inapto para a vida prática. Estreiteza de visão, doenças.

História e iconografia

O número de estrelas representadas neste arcano varia, segundo o modelo do Tarô, de seis a oito. Astronomicamente, parece referir à constelação das Plêiades (uma estrela grande, rodeada de sete menores) ou ao setenário sideral com o Sol no centro. “Fala-se de sete Plêiades – disse o sutil Ovídio –, mas na verdade não vemos mais que seis."



Devido à reprodução quase textual da alegoria do signo de Aquário , muitos vêem no Arcano XVII uma herança zodiacal. Mas van Rijneberk nota, com razão, que tanto este signo bem como suas alegorias das correntes de água, foram tradicionalmente representados com figuras masculinas.

Outra diferença sensível entre a carta e seu pretendido modelo é o número de ânforas: tanto Aquário quanto os seus similares alegóricos (que incluem as representações do Dilúvio) transportam um só recipiente.

É possível, desse modo, atribuir à Estrela uma relativa originalidade, o que permite supor que a freqüente mudança de sexo de Aquário, em imagens posteriores ao século XVI, teria se inspirado no Tarô.

No verbete dedicado a este signo zodiacal no seu Dicionário de Símbolos, Juan-Eduardo Cirlot passa uma informação que vale a pena citar: “No zodíaco egípcio de Denderáh o homem de Aquário traz duas ânforas,

troca que explica melhor a transmissão dupla das forças, em seus aspectos ativo e passivo, evolutivo e involutivo, duplicidade que aparece substantiva no grande símbolo de Gêmeos”.

Uma fonte menos provável, mas não impossível, da iconografia desta estampa pode ser encontrada no Apocalipse (XVI, 3, 12): ali é dito que os sete anjos derramarão suas taças sobre o solo e o ar, mas sobretudo sobre os cursos d'água.

A estrela – individual e guia ; sinal da divindade sobre o céu do herói – é um emblema comum a diversas mitologias. Delas passa para a tradição e a arte cristãs, e na atualidade pode ser encontrada em numerosas manifestações folclóricas no seu sentido alegórico mais transparente: a pureza , o destino prometido , a elevação.



São João Crisóstomo (Patrística grega, tomo LVI) parece ter recolhido a seguinte lenda: um povo oriental, do qual só sabemos que vivia perto do oceano e que tinha entre as suas tradições um livro atribuído a Set, escolheu em época remota doze homens dentre os mais sábios, cuja missão era única e surpreendente: vigiar o nascimento de uma estrela que o livro previa; se algum deles morria, seu filho ou parente mais próximo era eleito para substituí-lo. Mantiveram este rito durante gerações, até que a estrela da sorte apareceu no horizonte: três deles foram então encarregados de segui-la, o que fizeram por dois anos, durante os quais nunca lhes faltou bebida nem comida.

“O que fizeram depois – conclui o curioso pergaminho – é explicado de forma resumida nos Evangelhos."

Quanto à parte inferior do Arcano XVII, Wirth acredita aque o arbusto ali representado seja uma acácia, “mimosa do deserto, cujo verdor persistente simboliza uma vida que se recusa a extinguir-se”. O prestígio mítico da acácia é tão vasto quanto intrincado, pois além de ser a planta emblemática da esperança na imortalidade, foi também protagonista de histórias notáveis: entre suas raízes teria sido enterrado Hirã, detentor da tradição perdida, depois de ser assassinado; da sua madeira teria sido construída a cruz de Jesus Cristo.

Deve-se acrescentar que a jovem da figura lembra o princípio feminino de certos ritos primordiais, “a mãe sempre jovem, a consoladora, a clemente, a natureza amável e bela, a terna amante dos homens”. É sob este aspecto que os oráculos tendem a relacioná-la à juventude e ao bom humor, ao sonho e às suas revelações, e à realidade da poesia.

Fulcanelli acrescenta ainda o duplo sentido simbólico da estrela, como concepção e nascimento, e faz uma bela descrição de um

vitral de sacristia de Saint-Jean de Rouen: ali estão representados Benito e Felicitas, pais de São Romão; os esposos estão deitados na cama totalmente nus; sobre o ventre da mulher, que acaba talvez de conceber o santo, pode-se ver uma estrela

chevalier & Gheerbrant



Da estrela retemos sobre tudo a sua qualidade de luminária, de fonte de luz. As estrelas representadas na abóbada de um templo ou de uma igreja especificam o seu significado celeste. O seu carácter celeste faz delas também símbolos do espírito e, em particular, do conflito entre as forças espirituais, ou de luz, e as forças materiais, das trevas. Atravessam a escuridão e são também como faróis projectados na noite do inconsciente.

Porém, depois do Diabo, centro da noite, e da casa de Deus, explosão da contradição, a Estrela, décimo sétimo arcano maior do Tarô é um centro de luz.

Uma jovem mulher nua, de cabelos azuis que caem encaracolados sobre os ombros e o joelho esquerdo no chão, segura em cada mão um jarro vermelho cujo conteúdo, azul, ela deita numa espécie de lago, também ele azul. Do chão amarelo e ondulado brotam uma planta de três folhas e dois arbustos verdes num fundo formado pelo céu; o da esquerda é o mais importante: um pássaro preto, símbolo da alma imortal, acaba de pousar nele. No céu, seis estrelas, uma sobre a outra em dois grupos de três, de tamanhos e cores diferentes (duas amarelas de sete pontas, duas azuis e duas vermelhas de oito pontas) estão colocadas de forma simétrica em volta de uma sétima estrela, no topo da carta, muito maior, que tem um aspecto de ser composta por duas estrelas sobrepostas de oito pontas, uma amarela e uma vermelha, e que são, segundo alguns comentadores, a natureza humana e a natureza divina. Mesmo por cima da cabeça da jovem, que sem dúvida personifica Eva ou a humanidade, brilha uma estrela amarela de oito pontas. Este conjunto de sete estrelas, agrupadas em torno de uma estrela maior, evoca a constelação das Pléiades. Faz lembrar também, o oitavo arcano, o da Justiça, enquanto inteligência coordenadora das acções e reacções naturais. Pela primeira vez, os astros aparecem no Tarô, e as duas cartas seguintes serão a Lua e o Sol. Até aqui, o homem estava encerrado no seu universo; agora, passa a fazer parte da vida cósmica e abandona-se às influências celestes que devem conduzi-lo à iluminação mística (vêr cartas 18 a 21). Esta jovem rapariga nua está num estado de perfeita receptividade e não guarda pra si o quer que seja daquilo que recebeu. A água que sai dos seus jarros, serpenteando como a da Temperança, é azul como os seus cabelos e vai juntar-se, sem realmente se misturar com ela, a uma água igualmente azul, ou regar a terra árida. Não será isto fazer com que os elementos materiais, que a água e a terra são, participem do carácter celeste? Inter-comunicação de mundos diferentes, alma que une o espírito à matéria, passagem á evolução orientada… o arcano XVII apresenta um simbolismo de criação, de nascimento, de mutação. A iamgem da água a cair de um jarro faz lembrar que o nascimento, nos sonhos e nos mitos, se associa a imagens de água ou se exprime através delas… A estrela é o mundo em formação, o centro original de um universo).

Estreitamente ligada ao céu de que ela depende, a Estrela evoca também os mistérios do sono e da noite; para brilhar com o seu resplendor pessoal, o homem deve situar-se nos grandes ritmos cósmicos e ficar em harmonia com eles.

Este arcano, com a sua flora e as suas águas, as suas duas bilhas a deitarem água, as suas estrelas de sete e oito pontas, simboliza a criação, de modo nenhum concluída e perfeita, mas em vias de realização; indica um movimento de formação do mundo ou de si mesmo, um regresso ás fontes aquáticas e luminosas, aos centros de energia terrestres e celestes. Simboliza a inspiração que vem materializar, isto é, traduzir, os desejos até então inexprimíveis do artista.

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A Estrela XVII, é um dos Arcanos maiores do Tarot, associado com a letra hebraica Tzaddi.

Simbologia

Uma mulher com um joelho apoiado no chão tem uma jarra em cada mão; derrama conteúdo de uma delas numa superfície de água (rio ou lago) e, da outra, na terra. No céu há oito estrelas.

A mulher é jovem e está completamente nua; seus cabelos caem livremente sobre as suas costas e ombros. O joelho que está apoiado no chão é o esquerdo; a ponta do pé direito está em contato com a água. Representada ligeiramente de três quartos, seu olhar parece ignorar o trabalho que realiza. Do chão brotam uma planta com três folhas e, um pouco mais atrás, dois arbustos diferentes se destacam contra um céu incolor; sobre o da esquerda um pássaro negro de asas abertas parece estar pousado ou a ponto de levantar vôo.

No céu podem ser vistas duas estrelas de sete pontas e cinco estrelas de oito pontas. Estão dispostas simetricamente em volta de uma estrela muito maior, que tem dezesseis pontas, oito amarelas e oito vermelhas.

Palavras-chave

Esperança, confiança. Idealismo. Imortalidade. Plenitude. Beleza. Natureza. O céu da alma. Influência moral da idéia sobre as formas. Pureza, entrega às influências naturais, sadias. Confiança no destino. Plenitude e sensibilidade poética, intuição. Bondade, espírito compassivo. Energia, convalescença.

Mental : Alguém traz uma força para ser utilizada, mas não diretamente. É a inspiração do que deve ser feito.

Emocional : Uma corrente de equilíbrio e de esplendor.

Físico : A satisfação, o amor humano em toda a sua beleza; o destino dos sentimentos que animam o ser. Realização das coisas através da ordem e da harmonia. Em questões referentes à arte, esta carta fala do dom de encantamento, ou seja, o resplendor que atrai o próximo.

Sentido negativo : Harmonia desviada do seu destino; harmonia física pouco duradoura. Falta de vergonha, despudor, leviandade. Falta de espontaneidade. Coações, moléstias. Natureza artificial e anti-higiênica. Tendência para a evasão e para o romantismo exagerado. Temperamento inapto para a vida prática. Estreiteza de visão, doenças.

História e iconografia

O número de estrelas representadas neste arcano varia, segundo o modelo do Tarot, de seis a oito. Astronomicamente, parece referir à constelação das Plêiades (uma estrela grande, rodeada de sete menores) ou ao setenário sideral com o Sol no centro. “Fala-se de sete Plêiades – disse o sutil Ovídio –, mas na verdade não vemos mais que seis."

Devido à reprodução quase textual da alegoria do signo de Aquário , muitos vêem no Arcano XVII uma herança zodiacal. Mas van Rijneberk nota, com razão, que tanto este signo bem como suas alegorias das correntes de água, foram tradicionalmente representados com figuras masculinas.

Outra diferença sensível entre a carta e seu pretendido modelo é o número de ânforas: tanto Aquário quanto os seus similares alegóricos (que incluem as representações do Dilúvio) transportam um só recipiente.

É possível, desse modo, atribuir à Estrela uma relativa originalidade, o que permite supor que a freqüente mudança de sexo de Aquário, em imagens posteriores ao século XVI, teria se inspirado no Tarot.

No verbete dedicado a este signo zodiacal no seu Dicionário de Símbolos, Juan-Eduardo Cirlot passa uma informação que vale a pena citar: “No zodíaco egípcio de Denderáh o homem de Aquário traz duas ânforas, troca que explica melhor a transmissão dupla das forças, em seus aspectos ativo e passivo, evolutivo e involutivo, duplicidade que aparece substantiva no grande símbolo de Gêmeos”.

Uma fonte menos provável, mas não impossível, da iconografia desta estampa pode ser encontrada no Apocalipse (XVI, 3, 12): ali é dito que os sete anjos derramarão suas taças sobre o solo e o ar, mas sobretudo sobre os cursos d'água.

A estrela – individual e guia ; sinal da divindade sobre o céu do herói – é um emblema comum a diversas mitologias. Delas passa para a tradição e a arte cristãs, e na atualidade pode ser encontrada em numerosas manifestações folclóricas no seu sentido alegórico mais transparente: a pureza , o destino prometido , a elevação.

São João Crisóstomo (Patrística grega, tomo LVI) parece ter recolhido a seguinte lenda: um povo oriental, do qual só sabemos que vivia perto do oceano e que tinha entre as suas tradições um livro atribuído a Set, escolheu em época remota doze homens dentre os mais sábios, cuja missão era única e surpreendente: vigiar o nascimento de uma estrela que o livro previa; se algum deles morria, seu filho ou parente mais próximo era eleito para substituí-lo. Mantiveram este rito durante gerações, até que a estrela da sorte apareceu no horizonte: três deles foram então encarregados de segui-la, o que fizeram por dois anos, durante os quais nunca lhes faltou bebida nem comida.

“O que fizeram depois – conclui o curioso pergaminho – é explicado de forma resumida nos Evangelhos."

Quanto à parte inferior do Arcano XVII, Wirth acredita aque o arbusto ali representado seja uma Acácia, “mimosa do deserto, cujo verdor persistente simboliza uma vida que se recusa a extinguir-se”. O prestígio mítico da acácia é tão vasto quanto intrincado, pois além de ser a planta emblemática da esperança na imortalidade, foi também protagonista de histórias notáveis: entre suas raízes teria sido enterrado Hirã, detentor da tradição perdida, depois de ser assassinado; da sua madeira teria sido construída a cruz de Jesus Cristo.

Deve-se acrescentar que a jovem da figura lembra o princípio feminino de certos ritos primordiais, “a mãe sempre jovem, a consoladora, a clemente, a natureza amável e bela, a terna amante dos homens”. É sob este aspecto que os oráculos tendem a relacioná-la à juventude e ao bom humor, ao sonho e às suas revelações, e à realidade da poesia.

Fulcanelli acrescenta ainda o duplo sentido simbólico da estrela, como concepção e nascimento, e faz uma bela descrição de um vitral de sacristia de Saint-Jean de Rouen: ali estão representados Benito e Felicitas, pais de São Romão; os esposos estão deitados na cama totalmente nus; sobre o ventre da mulher, que acaba talvez de conceber o santo, pode-se ver uma estrela.

Variações

Nos tarots variantes do Tarot de Aleister Crowley, a Estrela está associada à letra Heh.

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Having negotiated The Devil and The Tower, we now reach calmer pastures. The Star in many packs shows the clear links between this stage of the journey and Temperance. This time, however, the female figure has no need for wings, for she does not come from a higher realm to meet the traveler. Instead, the traveller has reached her level. Like Temperance, The Star carries two pitchers, but instead of pouring from one into the other she empties one into a pool of water (the unconscious mind) and the other onto the ground (the conscious mind). The clear sky carries a single gold star surrounded by seven smaller stars. The overriding symbolism is that of rebirth. Having been purged of remnants of the ego by The Devil and in The Tower, we now experience rebirth in the higher realms of being.

Divinatory meaning: sudden widening of horizons, new life and vigor, deep insight. Reversed: reluctance to take broader view, lack of trust and openness, self-doubt.
ENCYCLOPAEDIA V. 51-0 (11/04/2016, 10h24m.), com 2567 verbetes e 2173 imagens.
INI | ROL | IGC | DSÍ | FDL | NAR | RAO | IRE | GLO | MIT | MET | PHI | PSI | ART | HIS | ???